Então amigos eu já havia falado anteriormente sobre este jogo que vai ser lançado em Maio de 2012 pela Rebellion, agora baixei o Demonstrativo pelo sistema Steam e joguei a missão disponível. Como em todo jogo sniper vc tem time bullet focus que é uma parada na sua respiração para concentrar-se no alvo e a camera segue o seu projétil até o final; agora a diferença aqui em Sniper Elite é que o sistema nos mostra um raio-x do alvo sendo atingido e o projétil perfurando os ossos ou algum outro ponto vital. Seguem alguns videos do meu canal no youtube.
Joguei como Elite que seria um modo Hard onde nao tenho ajuda na mira e estou sujeito a variações como distância e vento.
Já é oficial que a Blizard vai lançar Diablo 3 também em Portugues, nestes videos retirados do site da própria Blizzard nos são mostradas as classes de Bárbaro, Feiticeiro, Caçador de Demonios e Monge todos em portugues!
Game play
Agora deixo com voces um video do Youtube feito pelo "coisadenerd" que participou do Betas closed do jogo e que mostra a criação de um Personagem. (monge)
Para quem quizer conheçer toda a história dos 3 jogos assistam a este video com legandas em portugues (pelo menos no site da Blizzard apareçe as legendas ehhehe)
Será possível fazer transações em reais para itens de Diablo III
autor: kerber
Um dos principais enfoques da Blizzard no novo jogo da franquia Diabloé a transação entre os jogadores, que será feita na "Casa de Leilões". A empresa anunciou, nesta terça-feira (01/05) que será possível fazer transações usando reais entre os jogadores brasileiros.
Na "Casa de Leilões" será possível realizar a compra com "gold",
moeda do game, ou dinheiro real. De acordo com a região, será possível
escolher qual moeda será utilizada, sendo que para os brasileiros as
transações poderão ser feitas em reais ou dólares. O jogador poderá
pagar com cartões de crédito Visa, Mastercard e American Express, além
do serviço PayPal e créditos do jogador na Battle.net, rede de games da Blizzard.
O mecanismo da "Casa de Leilões" tem como objetivo proteger os
jogadores de fraudes, e seu uso não será obrigatório. A Blizzard afirma
que será possível fazer transações entre os jogadores, fora do sistema,
porém não dará garantia em compras realizadas desta forma.
Global Play
A Blizzard também anunciou informações sobre o funcionamento do game em diversas regiões e a conexão entre estes lugares, o Global Play.
A empresa dividirá os jogadores em três regiões: As Américas (América
do Norte e do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Sudeste da Ásia), Europa
(Europa, África e Oriente Médio) e Ásia (Coréia do Sul, Taiwan, Hong
Kong e Macau). Os jogadores poderão jogar em qualquer servidor, porém só
poderão fazer transações com dinheiro real em seu servidor de origem.
Outros itens, como os itens do baú ou seu personagem no jogo, não
poderão ser transferidos, sendo que cada servidor possuirá registros
próprios, além de políticas diferenciadas. A região em que o jogador
será inserido será determinada pelo cadastro do usuário na Battle.net,
de acordo com o endereço. O jogador poderá trocar quantas vezes quiser
de servidor, sem nenhum custo adicional.
"Diablo III" estreia em 15 de maio exclusivamente no PC, e já está em pré-venda com preço sugerido de R$ 100.
Remington MSR - Modular Sniper Rifle, with butt folded.
image: Remington Military
Remington MSR - Modular Sniper Rifle, ready to fire.
image: Remington Military
Caliber(s): .338 Lapua, .338 Norma, .300 Win Mag, 7.62x51 NATO (.308Win) Operation: manually operated bolt action Barrel: 508mm / 20", 559mm / 22", 610mm / 24" or 686mm / 27" in every caliber Weight: 5.9 kg / 13 lbs with 22" barrel and loaded 5-round magazine Length: 1168mm / 46" ready to fire, 914mm / 36" folded, with 22" barrel Feed Mechanism: 5, 7 or 10 rounds detachable box magazine
The Remington MSR - Modular Sniper Rifle was recently developed by the
Military products division of the famous US arms-making company,
Remington Arms, to meet the requirements of the US SOCOM Precision
Sniper Rifle (PSR) solicitation, first issued in early 2009. The trials
of actual contenders for the US SOCOM PSR contract are scheduled to
March 2010.
Requirements for the PSR include effective range up to 1500 meters with
accuracy not worse than 1 MOA in 10-shot groups at all ranges up to the
maximum, minimum magazine capacity of 5 rounds, maximu 'combat ready'
weight of 18 lbs / 8.2 kg, barrels that can be changed by operator,
folding or detachable stock and a number of other desirable features. It
appears that Remington MSR rifle can fullfil all these requirements,
but only actual trials will show, which weapon is the best. Regardless
of the SOCOM PSR results, the Remington MSR appears to be a serious tool
for long-range military or LE sniper work.
The Remington MSR - Modular Sniper Rifle is a manually operated bolt
action weapon with rotary bolt locking. To facilitate caliber change,
bolt is equipped with removable bolt heads, with bolt faces matched for
appropriate calibers. Bolt heads have three radial locking lugs. The MSR
rifle is built upon an aluminum alloy "chassis", which hosts a compact
receiver, adjustable trigger unit, pistol grip, side-folding and fully
adjustable buttstock. The quick-change barrels are free-floated inside
the tubular handguard which is provided with a number of
user-installable Picatinny type acessory rails. The top of receiver also
is fitted with monolitic Picatinny rail which is used to install
sighting equipment (telescope sights or night vision sights). Additional
equipment includes detachable folding bipod and a quick-detachable
silencer, which installs over the specially designed muzzle brake.
OMSRRemington-Sniper RifleModularfoi recentementedesenvolvido peladivisão de produtosMilitardo famosoEUAempresabraçosde decisões,Remington Arms, para atender às exigências doSOCOMEUAPrecisionSniperRifle(PSR), solicitação emitido pela primeira vezno início de 2009. Os ensaiosdecandidatosreais para ocontratoEUAPSRSOCOMestão programadas paramarço de 2010. Requisitos para oPSRincluemalcance efetivode até 1500metros, comprecisão, não é piordo que1 MOAem 10-shot grupos emtodas as faixasaté acapacidade máxima derevista,mínimo de5 rodadas, o peso "de combate pronto 'Maximude18 libras/8,2 kg,barrisque podem ser alteradospelo operador, dobrávelouremovívele uma série deoutras características desejáveis. Parece queRemingtonMSRriflepodefullfiltodos estes requisitos,mas apenasensaiosreaisvai mostrar, que armaé o melhor.Independentemente dos resultadosSOCOMPSR, o MSR Remingtonparece serumaferramenta sériade longo alcancetrabalhoatiradormilitar ouLE.
OMSRRemington-Sniper RifleModularé uma arma deaçãooperada manualmenteparafusocom travade parafuso rotativo. Parafacilitar a mudançacalibre,parafuso éequipado comcabeça de parafusoremovível,com parafuso derostoscombinados paracalibres adequados. Cabeças dos parafusostem trêspresilhas de fixação radial. OrifleMSRé construídoem cima de um"chassis"de liga de alumínio, que abriga um receptor compacto, unidadegatilho ajustável, tipo pistola, lado dobrarebuttstocktotalmente ajustável.Os tamboresde mudança-rápida são livres-flutuado dentro dohandguardtubularque é fornecido comumnúmero deutilizadorinstaláveisPicatinnycarrisdo tipoacessórias. Aparte superior do receptortambém é equipadocom o transporte ferroviárioPicatinnymonoliticqueé usado para instalarequipamentos de observação(telescópio vistasou vistasde visão noturna). Equipamento adicionalincluibipé dobráveldestacável eum silenciadorrápida destacável, que instala sobre ofocinho freioespecialmente projetado.
Após o Congresso de Viena (1815), a Europa como um todo conheceu um período de turbulências e agitações. Na França, após a Revolução Liberal de 1830, o rei Carlos X de França foi deposto e as tropas estrangeiras que estavam sob o seu controle passaram a servir a Luís Filipe I de França que as transformou na Legião Estrangeira Francesa, a conselho do marechal Soult, ministro da Guerra, por Decreto de 10 de março de 1831:
"Louis Philippe, Roi des Français. Ordennance du 10 Mars 1831. A
tours, présents et à venir, salut. Sur le rapport de nobre Ministre,
Secrétaire d’Etat au Département de la Guerre, Nous avons ordonné et
ordonnons ce qui suit: Il sera formé une légion compossé d’etrangers.
Cette Légion prenda la dénomination de Légion Etrangère."
Reuniam-se, deste modo, os diferentes corpos estrangeiros do Exército francês, incluindo as Guardas Suíças (oriundas da Paz Perpétua, assinada em 1516, após a Batalha de Marignano), e o Regimento Hohenlohe. As antigas Guardas Suíças e o Regimento Hohenlohe constituíram o 1º Batalhão; os 2º e 3º batalhões foram destinados a receber suíços e alemães; o 4º, a espanhóis e portugueses; o 5º, a sardos e italianos; o 6º, a belgas e holandeses; e o 7º, a polacos.
Com esta medida, o governo esperava que uma força composta
principalmente por estrangeiros pudesse absorver a massa de refugiados
que nos últimos anos vinha inundado o país. Pesou na decisão a
possibilidade de a nova força poder ser enviada para defender os
interesses neocoloniais Franceses na Argélia, liberando as tropas regulares para proteger a figura do rei no trono da França.
O local escolhido para sediar a nova força foi a povoação de Sidi Bel Abbes, na Argélia. Na França, os primeiros quartéis da Legião foram implantados em Langres, Bar-le-Duc, Agen e Auxerre.
De início, a Legião constitui-se em um meio eficaz para retirar aos elementos mais indesejáveis da sociedade francesa do século XIX.
As suas fileiras foram preenchidas com criminosos, fugitivos, mendigos e
imigrantes indesejados. A formação de um legionário era muito precária.
O seu equipamento, vestuário, alimentação e soldo eram sumários, razões
que não despertavam lealdade ou motivação. Os homens que se juntavam à
Legião, faziam-no mais por desespero ou instinto de sobrevivência do que
por patriotismo. Por essa razão, as primeiras campanhas provocaram
severas perdas entre as suas fileiras. Para contornar esses problemas
imediatos a Legião desenvolveu uma disciplina muito severa, excedendo em
muito aquela imposta às tropas francesas regulares.
Argélia: o batismo de fogo (1832)
O batismo de fogo da Legião deu-se em 27 de abril de 1832,
durante operações do 3º Batalhão na Argélia, integrado por suíços e
alemães. Em novembro do mesmo ano a Legião enfrentaria um novo oponente,
Adl El-Kader, que combatia pela liberdade da Argélia, na batalha de Sidi-Chabal.
Espanha: a Guerra Carlista (1835-1839)
Durante a Guerra Carlista, o ministro do Interior francês, Adolphe Thiers, convenceu o seu governo a enviar a Legião Estrangeira para a Espanha, com o fim de auxiliar a rainha Isabel II de Espanha. A 8 de junho de 1835, o rei Luís Filipe deu a sua autorização, sendo a Legião desligada do Exército francês a 28 do mesmo mês. No dia seguinte, a Divisão Francesa Auxiliar
assim composta, rumou para o novo destino. Nas batalhas que enfrentou,
sem novo recrutamento, mal equipada e mal remunerada, a Divisão combateu
sem reforços até que, em 1839, a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes.
A nova legião (1835)
Ainda em 1835, a 16 de dezembro, o soberano francês criou uma nova Legião Estrangeira, passando a antiga a ser conhecida como "a antiga Legião". Formaram-se, desse modo, três batalhões, para sustentar as posições francesas na Argélia. O primeiro foi formado em Pau, assumindo Marie-Alphonse Bedeau o comando, a 3 de fevereiro de 1836.
Com um mês de atraso, o Estado-maior do batalhão e as duas primeiras
companhias foram formadas. Seis outras companhias foram formadas no mês
de junho desse mesmo ano. No mês de agosto, entretanto, o batalhão foi
dissolvido, tendo o governo proposto aos oficiais, suboficiais e
legionários irem servir na Espanha, nas fileiras da Divisão Francesa Auxiliar, que ali combatia há um ano. Os voluntários para a Espanha constituíram um novo batalhão, que se dirigiu a Pamplona, sob o comando do Tenente-coronel Conrad.
Ainda assim, estrangeiros continuam a ser recrutados pelo Exército
francês, sendo formadas novas companhias de depósito em Pau. Em outubro
de 1836, um
total de seis companhias estava formado, logo seguidas por mais duas em
novembro. O novo batalhão foi colocado sob o comando de Bedeau. A 5 de dezembro o batalhão partiu de Pau para Toulon, onde embarcou para a Argélia.
O segundo batalhão foi formado em Julho de 1837. Após a tomada de Constantine,
em Outubro de 1837, durante a qual o primeiro batalhão se destacou,
Bedeau foi promovido a Tenente-coronel, sendo autorizada a formação de
companhias de elite. Posteriormente, em 1840, diante do retorno dos sobreviventes da guerra na Espanha, foram criados um quarto batalhão (em Pau) e um quinto batalhão (em Perpignan), para reforço das tropas no Norte de África. Em recompensa pelos seus feitos de armas, a Legião recebeu, a 17 de Junho de 1840, a bandeira que tinha sido entregue, em 1832, à primeira Legião.
A nova Legião lutou no norte da África, na Guerra da Criméia (1853-1856), na Itália (1859), no México (1863), na Guerra Franco-Prussiana
(1870) e em muitas campanhas coloniais. Do mesmo modo, teve papel
importante nas duas guerras mundiais, consolidando a sua reputação. Na Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) perdeu 115 oficiais e 5.172 legionários, sendo o seu
Regimento de Marcha o mais condecorado do Exército francês. Na Guerra da Indochina, na Batalha de Dien Bien Phu (1954), sete batalhões da Legião foram subjugados pelo Vietminh, sem jamais se renderem. Posteriormente atuou novamente na Argélia e na crise do Canal de Suez (Egito, 1956).
A Guerra da Criméia (1853-1856)
A Legião seguiu para a Guerra da Criméia a 27 de Junho de 1854,
quando dois regimentos embarcaram a bordo do ‘’Jean Bart’’.
Posteriormente o 3º regimento e o depósito do regimento partiram para
instalar-se em Bástia, na Córsega, a fim de constituir o depósito de guerra destinado a reforçar os dois regimentos na Criméia.
Os dois regimentos integraram a "Brigada Estrangeira", engajando-se na batalha de Alma (20 de setembro de 1854) e no cerco a Sebastopol durante o Inverno de 1854-1855. Nesta fase da campanha, a falta de equipamento foi particularmente sentida e o cólera dizimou o corpo expedicionário. Entretanto, os “barrigas de couro” (apelido dado pelos russos aos Legionários uma vez que usavam a sua cartucheira sobre o ventre) comportaram-se bravamente. A 21 de junho de 1855, as companhias do 3º Regimento e todos os efetivos disponíveis na Córsega chegaram ao teatro de operações na Criméia. A 8 de setembro,
lançou-se o assalto final e o 1º e o 2º Regimentos Estrangeiros, com
suas bandeiras, desfilaram pelas ruas de Sebastopol conquistada.
Afirma-se que a participação da Legião na Campanha do México decorreu como punição a uma petição formulada pelos seus oficiais, dirigida ao ministro da Guerra.
De qualquer modo, o regimento enviado desembarcou a 25 de Março de 1863, recebendo a missão de escoltar comboios de suprimentos entre Veracruz e Puebla. Foi neste contexto que a 3ª Companhia se cobriu de glória no chamado combate de Camerone, a 30 de abril.
Posteriormente, o regimento deslocou-se para o interior, sendo reorganizado em quatro batalhões (1864). Em paralelo, o quartel-general da Legião foi transferido de Sidi Bel Abes para Aix-en-Provence, a fim de facilitar o recrutamento e o envio de reforços para o México.
De dezembro de 1864 a fevereiro de 1865, as unidades do regimento participaram do cerco a Oaxacca.
A 3 de julho de 1866,
as 3ª e 5ª Companhias do 4º Batalhão engajaram-se em um combate
comparável ao de Camerone. Sob as ordens do capitão Frenet, cento e
vinte e cinco legionários cercados na Hacienda de Incarnacion bateram-se durante quarenta e oito horas vitoriosamente contra uma força de mais de seiscentos mexicanos.
O acordo originalmente celebrado com o imperador Maximiliano do México estipulava que a Legião Estrangeira
deveria ficar a serviço do México. Entretanto, como a campanha francesa
naquele país se converteu num desastre, os sobreviventes retornaram à
França. O total de perdas na campanha ascendeu a vinte e dois oficiais,
trinta e dois suboficiais e quatrocentos e quatorze legionários.
Com a eclosão da Guerra franco-prussiana (19 de julho de 1870), que se desenvolveu em solo francês, confrontando a França e a Prússia, a Legião, por princípio, não deveria intervir. Adicionalmente, não seria correto solicitar aos mercenários de língua alemã,
que se batessem contra seus irmão de língua. Entretanto, a situação
tornou-se tão crítica que o governo francês fez uma chamada aos
legionários na Argélia.
Dois batalhões foram formados para partir para a Metrópole. Os
legionários alemães, a bandeira do regimento e a banda de música
permaneceram guarnecendo Sidi-Bel-Abbès. Neste período, um 5º batalhão
foi formado em solo francês para incorporar os estrangeiros que
quisessem servir a sua pátria de adoção. Este se distinguiu
particularmente por sua bravura quando da batalha de Orléans, a 10 de outubro.
Os batalhões chegados da Argélia mesclaram-se com os sobreviventes dos combates de Orléans, mas conheceram a derrota diante do invasor. Os remanescentes da unidade participaram na repressão à Comuna de Paris, entre abril e maio de 1871. A 11 de junho,
o regimento estrangeiro constituído para o conflito deixou de existir e
os demais remanescentes retornam para o quartel-general da Legião, na
Argélia.
O Protetorado de Tonkin (1883-1885)
A 18 de novembro de 1883, uma primeira força de seiscentos legionários desembarcou no golfo de Tonkin,
juntando-se às forças do almirante Courbet que lutavam contra os
Pavilhões Pretos (do chinês “Hei qi jun”), tropas vietnamitas
irregulares empregadas pelos Chineses na Indochina contra os Franceses.
A partir de fevereiro de 1884, com o reforço do 2º. Batalhão, os Legionários conquistam a fortaleza de Barca Ninh, e a 16 de dezembro,e a cidadela de Son-Tay. A 1 Janeiro de 1885, os 3º. e 4º. Batalhões do 1º. Regimento Estrangeiro chegam a Tonkin e são integrados ao 2º. Batalhão. Assim reforçados, de 26 de janeiro a 3 de Março, sustentam um severo cerco na cidadela de Tuyen Quang. O 3º. Batalhão destacou-se quando da tomada Lang Seu a 4 de Fevereiro. O 4º. Batalhão, desembarcado em Formose em Janeiro de 1885 combateu os Chineses até ao armistício franco-chinês de 21 de Junho de 1885, juntando-se em seguinda ao seu corpo em Tonkin.
Benim (1892-1894)
Em 1892,
o rei Behanzin ameaçou Porto Novo e a França decidiu intervir. Um
batalhão estrangeiro foi constituído a partir de duas companhias, sob o
comando do 2º. Regimento Estrangeiro, sob as ordens do comandante
Faurax. De Cotonou, os legionários tinham como missão conquistar a
capital, Abomey, no que consumiram dois meses e meio. Ao final, a cidade
capitulou sendo o rei capturado pelos legionários (Janeiro de 1894).
Sudão (atual Mali) (1892-1893)
Uma companhia estrangeira foi formada a partir do 2º. Batalhão
Estrangeiro e transportada a Kayes a fim de se apresentar aos sultões
Ahmadou e Samory Touré. Uma vez cumprida a sua missão com sucesso, a
companhia foi dissolvida (24 de Junho de 1893).
Guiné (1894)
Um batalhão foi constituído de duas companhias dos dois regimentos
estrangeiros no início de 1894 para pacificar o Níger. A vitória dos
legionários na fortaleza de Quíloa e as patrulhas de polícia na região aceleram a pacificação das tribos locais.
Madagáscar (1895-1905)
Em 1895, um batalhão foi formado a partir do 1º. e do 2º. Regimentos Estrangeiros, sendo enviado a Madagascar a fim de integrar o Corpo Expedicionário que ali iria pacificar uma revolta.
O batalhão estrangeiro constituiu-se na ponta de lança da coluna
então empregue, retornando à Argélia em Dezembro de 1895. Mas, a partir
de 1896, o
general Galliéni, chamado a submeter uma segunda revolta malgaxe, pediu
um reforço de 600 Legionários a fim de poder "morrer convenientemente"
se fosse o caso. Um novo batalhão, foi então formado demorando-se a
operação de pacificação até 1905.
Em 1954, as tropas da Legião foram enviadas para colaborar na defesa de Dien Bien Phu, no nordeste do Vietnã,
contra os comunistas que lutavam pela independência. Dos cerca de
17.000 homens da guarnição, 10.000 eram Legionários. Cercados pelos
vietnamitas, suportaram oito semanas de bombardeio de artilharia antes do ataque final. Nas últimas horas de batalha, quatrocentos legionários foram forçados a lutar à baioneta, tendo apenas setenta sobrevivido.
A resistência na Argélia (1961)
Em 1961, após uma prolongada luta contra os nacionalistas argelinos, o 1º Regimento de Pára-quedistas Estrangeiro
rebelou-se contra a decisão do governo francês de se retirar do Norte
de África, onde a Legião tivera o seu Quartel-General durante mais de um
século.
Condições para o engajamento
O processo seletivo é feito unicamente no quartel do 1º Regimento Estrangeiro em Aubagne, cidade a cerca de vinte quilômetros de Marselha, no sul da França.
Alternativamente, informações podem ser obtidas em um Posto de Informações da Legião Estrangeira (PILE), disponíveis nas cidades francesas de Aubagne, Bordeaux, Lille, Lyon, Marseille, Metz, Nantes, Nice, Paris, Perpignan, Reims, Rouen, Strasbourg e Toulouse.
No continente sul-americano não adianta apresentar-se ao quartel do 3º Regimento Estrangeiro, na Guiana francesa, ao norte do Brasil, especializado em combate na floresta tropical, pois os custos de trajeto (ida e volta) são por conta do próprio candidato.
Para participar do mesmo é necessário:
ser do sexo masculino;
ter entre dezessete e quarenta anos;
portar um documento de identidade válido internacionalmente, ou seja, um passaporte válido.
ser solteiro;
ser alfabetizado no seu país (idioma) de origem.
Em qualquer PILE em que um candidato se apresente fará um
exame pré-seletivo, em um hospital local, militar ou civil. Caso
aprovado, o candidato aguardará no próprio PILE que se forme um grupo com "n"
candidatos, a serem encaminhados ao quartel do 1º RE em Aubagne. Nesse
ínterim, os candidatos farão serviços de limpeza e manutenção geral,
coordenados pelo pessoal local. O grupo formado, enviado a Aubagne,
ficará alojado em regime fechado no Centro de Seleção e Incorporação
(CSI), e ali receberá escova e pasta de dentes, sabonete, toalha,
cueca, agasalho esporte e cama, enquanto faz os testes definitivos de
aptidão para engajar-se.
Treinamento básico do legionário
O treinamento básico é conduzido pelo 4º Regimento da Legião Estrangeira e tem uma duração de 15 semanas:
Treinamento inicial de 4 semanas — iniciação ao estilo de vida
militar; actividades de campo; aprendizado das tradições da Legião
Estrangeira;
Marcha do "quepe branco" e cerimonia de graduação — 1 semana;
Treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 3 semanas;
Treino em montanha (chalé Formiguère na região dos Pireneus franceses) — 1 semana;
Novo treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 2 semanas;
Exames e obtenção do certificado técnico elementar — 1 semana;
Marcha do final do treinamento básico — 1 semana;
Escola de veículos pesados e caminhões — 1 semana;
Retorno a Aubagne antes da partida para o regimento onde irá servir — 1 semana.
Lista de Unidades
A Legião divide-se em regimentos de dez companhias, algumas
especializadas (reconhecimento, morteiros, blindados leves, e outras).
1e. Régiment Étranger (1º Regimento Estrangeiro), em Aubagne, França.
4e. Régiment Étranger (4º Regimento Estrangeiro), em Castelnaudary, França.
5e. Régiment Étranger (5º Regimento Estrangeiro), na Polinésia francesa, no sul do oceano Pacífico (esta unidade foi dissolvida em 30 de junho de 2000).
1e. Régiment de Étranger Cavalerie (1º Regimento de Cavalaria Estrangeiro), em Orange, França.
2e. Régiment d'Infanterie de Étranger (2º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em Nimes, França.
3e. Régiment d'Infanterie de Étranger (3º Regimento de Infantaria Estrangeiro), em Kourou, Guiana francesa.
2e. Régiment de Étranger Parachutistes (2º Regimento de Pára-quedistas Estrangeiro), em Calvi, ilha da Córsega.
1e. Régiment de Étranger Génie (1º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em Laudun, França.
2e. Régiment de Étranger Génie (2º Regimento Estrangeiro de Engenheiros de Combate), em Marseille, França.
13e. Démi-brigade de la Légion Étrangère (13ª Meio-brigada da Legião Estrangeira), em Djibouti, África.
Détachement de la Légion de Étrangère de Mayotte (Destacamento da Legião Estrangeira de Mayotte), em Dzaoudzi, ilha de Mayotte.
O regimento mais conhecido é o 2º Regimento Estrangeiro de
Pára-quedistas, com quatro companhias de combate, que se orgulha de
poder montar uma operação para qualquer parte do mundo em apenas 24
horas.
As cores da bandeira da Legião são o verde e o vermelho.
Uniforme
O uniforme dos legionários segue o padrão das demais unidades francesas, acrescido do característico quepe de cor branca. Em combate, usa-se o uniforme camuflado padrão, com boinas de cor verde.
Banda Marcial
A banda marcial da Legião Estrangeira Francesa é a Musique Principale de la Légion Etranger, no 1º RE em Aubagne. A sua missão é a de tocar em eventos e, principalmente, no desfile de comemoração do 14 de Julho, data nacional francesa, em Paris.
Lema
O lema da Legião é: "Legio Patria Nostra" (A Legião é nossa pátria).
O Código de Honra do Legionário
O treinamento de um legionário tem como base um código de honra próprio:
Legionário, tu és um voluntário, servindo a França com honra e lealdade.
Cada legionário é teu irmão de arma seja qual for a sua
nacionalidade, a sua raça, a sua religião. Tu manifestas sempre a
estreita solidariedade que deve unir os membros de uma mesma família.
Respeitador das tradições, fiel aos teus chefes, a disciplina e camaradagem são a tua força, o valor e a lealdade tuas virtudes.
Fiel ao teu estado de legionário, tu o mostras na tua farda sempre
elegante, teu comportamento sempre digno mas modesto, teu aquartelamento
sempre limpo.
Soldado de elite, tu treinas com rigor, cuida da tua arma como o teu
bem mais precioso, cuida permanentemente da tua forma física.
A missão é sagrada. Tu a executas até ao fim, a qualquer preço.
No combate, tu ages sem paixão e sem ódio, tu respeitas os inimigos
vencidos, nunca abandonas nem os teus mortos, nem os teus feridos, nem
as tuas armas.
O item 6 do código de honra do legionário foi recentemente mudado: onde a versão primitiva afirmava "a tout prix" ("a qualquer preço"), a nova versão afirma "no respeito das leis, dos costumes da guerra, das convenções internacionais e se for necessário, ao perigo da tua vida".
Esta versão foi introduzida para evitar interpretações errôneas do
artigo, já que a Legião participa atualmente de inúmeras missões
humanitárias, juntamente com a ONU.
Ao longo da história da Legião, muitos homens têm-se alistado por
diversas razões, na maior parte das vezes porque não têm para onde ir.
Como nobres falidos, criminosos ou soldados profissionais que preferiam
combater, eram aceitos. Sob determinadas circunstâncias até lhes eram
oferecidas novas identidades. Na sua maioria mantiveram os nomes, mas é
uma questão de honra nunca comentar o passado de um Legionário.
Uma vez na Legião, os recrutas aprendem além da disciplina e das
técnicas de combate que só podem contar consigo próprios durante os
cinco anos do contrato inicial. Sempre lhe foram atribuídas as missões
mais duras do Exército francês; sabem que não existem enquanto
indivíduos e que são dispensáveis; não têm para onde ir e nem nada a
perder; por essas razões lutam até ao último homem.
Hoje em dia os recrutas são objeto de investigação para garantir que
não se alistem para fugir da justiça por crimes graves. Os infratores
menores podem por vezes ser aceitos. Pela lei francesa, a Legião
Estrangeira pode negar a existência de qualquer indivíduo a seu serviço
e, quem denunciar a verdadeira identidade de um legionário, é
incriminado segundo o Código Penal francês.
Curiosidades sobre a Legião
Atualmente registra-se um renascimento do orgulho de ser Legionário, e
mais de uma centena de nacionalidades encontram-se representadas nas
suas fileiras. Diferentemente do passado, a atual Legião representa uma
instituição mais sóbria, profissional e menos perigosa, que guarda
muitas curiosidades.
A primitiva Legião
Quando o primeiro batalhão da Legião desembarcou na Argélia a idade
de seus integrantes variava entre os dezesseis e os sessenta anos.
Envergavam uniformes diferentes e antiquados. Meses depois, quando o
segundo batalhão chegou, cerca de trinta e cinco homens desertaram
imediatamente. Ainda nesse período, uma companhia embriagada provocou um
motim, sendo os líderes sumariamente executados.
Na sua primeira batalha, vinte e oito Legionários sustentaram uma posição próxima a Argel,
tendo sobrevivido apenas um. Iniciava-se a mística que passaria a
envolver a Legião, uma vez que as autoridades louvaram como heróis os
Legionários mortos em combate. Ao mesmo tempo enviavam oficiais e
sargentos do Exército Francês para impor a disciplina de combate na
Legião.
A Guerra Carlista
À época do Carlismo, a Legião foi cedida pela França à Espanha, com o fim de auxiliar a rainha Isabel II de Espanha.
Desligada do Exército francês a 28 de junho de 1835, rumou com todo o
seu efetivo para a Espanha. Ali, os legionários combateram sem reforços
até que, em 1839,
a rainha espanhola deu licença aos seus últimos sobreviventes. Do
efetivo de 4.500 homens enviados, restavam apenas quinhentos. A maior
parte deles, entretanto, cruzou a fronteira francesa para engajar-se
outra vez na Legião. Foi durante essa campanha que a Legião recebeu a
divisa "Honneur et Fidélité".
Participação na Guerra da Criméia
Em 1853 o czar Nicolau I da Rússia iniciou uma campanha militar com o intuito de conquistar Constantinopla, classificando essa ação como um "ataque ao homem doente", numa referência ao decadente Império Otomano. Os turcos pediram auxílio à França e à Grã-Bretanha, que desembarcaram suas tropas nos Bálcãs, passando a enfrentar o cólera. Derrotadas as forças russas sob o comando do príncipe Menchnikov, na batalha de Alma, não foi possível a perseguição pela falta de cavalaria. Em 1855
os aliados já tinham a iniciativa do combate e passaram a lutar por
Sebastopol, numa batalha que durou um ano. Durante os combates
corpo-a-corpo houve vários momentos de heroísmo por parte dos
legionários. Em reconhecimento pela bravura, em abril de 1856 todos os legionários que lutaram na Criméia foram naturalizados franceses.
Jean Danjou, quando criança durante um almoço, ficou impressionado
com um dos oficiais da Legião, que não parava de contar histórias sobre
os seus feitos na África. Tão admirado ficou, que se empenhou no intuito
de se tornar militar. Aos vinte anos de idade havia se diplomado na Escola de Cavalaria de Saint-Cyr; aos vinte e cinco anos, anos, depois de ingressar no 2º RE, destacou-se na campanha da Criméia, tendo perdido a mão esquerda na batalha de Sebastopol, o que não impediu que montasse cavalos e seguisse a carreira militar.
Campanha do México
O combate de Camerone
Esta batalha feriu-se no início da Campanha do México, a 30 de Abril de 1863.
A 3ª Companhia, composta por sessenta e dois soldados e três oficiais
sob o comando do capitão Danjou, foi atacada por três batalhões
mexicanos, compostos por infantaria e cavalaria, sob o comando de um coronel de nome Milan, forçando os legionários a se defenderem na Hacienda Camerone.
Apesar de estarem em desvantagem, os legionários lutaram até ao fim,
tendo resistido por dez horas e trinta minutos, tempo suficiente para
que uma coluna de sessenta carroças e cento e cinqüenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegasse até Puebla.
Percebendo que o comboio ia se distanciando Milan exclamou: "No son hombres, son demonios!" (Não são homens, são demônios!).
Decididos a combater até ao fim, Danjou foi mortalmente ferido na cabeça (outras fontes sustentam que foi no peito), Vilain, que assumiu o comando, teve o mesmo fim, e quatro legionários executaram um último ataque a baioneta,
sendo mortos. Restando apenas doze legionários, os mexicanos
ofereceram-lhes nova oportunidade de rendição, que só foi aceita com a
condição de poderem retornar à base com a sua bandeira e o corpo de Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses.
Do lado mexicano pereceram trezentos homens. No dia seguinte quando
os franceses foram enterrar os seus mortos, encontraram um legionário
semi-vivo, um tambor de nome Lai, que tinha em seu corpo sete ferimentos
a lança e dois a bala. Posteriormente Lai foi condecorado com a cruz da Legião de Honra, devendo-se a ele relatos sobre a batalha.
Em decorrência dessa batalha Napoleão III de França determinou inscrever na bandeira de todos os regimentos estrangeiros a inscrição "Camerone 1863".
Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas
ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles
foram, aqui, menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes
destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".
A prótese de madeira da mão
esquerda que o capitão Danjou usava, encontra-se atualmente no museu da
Legião Estrangeira. Na festa em homenagem à batalha de Camerone ela é
levada pelo oficial superior e passa diante de todos os soldados em
formatura.
LEGIONARIO bRASILEIRO
LEGIONARIO CHINES
Mercenários brasileiros na Legião Estrangeira
fonte: Pedrachata Blogspot.com
Atraídos
por salários, a chance de apagar o passado e aventuras, dezenas de
brazucas alistam-se, todos os anos, no legendário exército de aluguel
francês. Nossa repórter conseguiu deles revelações sobre a condição de
soldados de um pátria alheia, em missões cujo sentido desconhecem Por: Maranúbia Barbosa Brasileiros
jovens estão pondo a mochila nas costas e deixando o país para se
alistar na Legião Estrangeira — unidade de elite do exército francês,
composta por cerca de 7 mil estrangeiros de mais de 130 nacionalidades
diferentes. Estima-se que pelo menos cem brasileiros são contratados a
cada ano pelo legendário exército que defende os interesses da França
mundo afora, sobretudo em áreas conflituosas. O
número exato de brasileiros não é divulgado pela Legião Estrangeira.
Porém, de uns cinco anos para cá, a procura tem aumentado, mesmo sabendo
que ao vender seus serviços para a França estão se expondo a riscos de
morte. Medo parece não ser problema
para os brasileiros e, muito menos, para outros estrangeiros. Todos os
anos, mais de 5 mil candidatos do mundo inteiro batem à porta desta
composição militar. Mas somente cerca de 800 deles conseguem dar conta
de passar pela bateria intensiva de testes físicos e psicotécnicos. Essas
informações são dos próprios legionários, entre os quais o brasileiro
Marcos dos Santos, 32 anos. Natural de Itapira (SP), ele serve, há três
anos, no 2º Regimento Estrangeiro de Pára-quedistas (REP) — tropa
considerada crème de la crème da Legião — em Calvi, cidade na
ilha da Córsega. Segundo ele, não são os polpudos salários (que vão de
1,5 mil euros até mais de 5 mil para quem prossegue na carreira), e sim o
espírito de aventura, que move a maioria dos soldados. Muitos deles
parecem, também, ser guiados por um velho slogan da Legião ainda em
voga: "chance de mudar de vida, qualquer que seja a origem,
nacionalidade, religião, diplomas, nível escolar, situação familiar ou
profissional".
Nenhum
candidato é obrigado a fornecer a verdadeira identidade. Incorporado, o
legionário passa a ser uma "pessoa não-civil", alguém que não existe
juridicamente para o mundo
Mesmo
nos dias atuais, o engajamento na Legião ainda é envolto em lendas e
controvérsias. Ao se alistar, o candidato não é obrigado a fornecer a
verdadeira identidade e nem relatar nada do que já viveu. Ele tem o
anonimato assegurado e é protegido de qualquer ingerência relativa ao
seu passado, graças a um decreto-lei francês de 1911. O legionário é
juridicamente uma "pessoa não-civil", ou seja, por ser portador de uma
identidade fictícia, não existe de fato. Por conseguinte, não pode se
casar, nem tirar carteira de motorista, nem comprar imóveis ou veículos.
Em suma, o soldado só existe para a Legião Estrangeira. Independente do
estado civil, ele é considerado solteiro e sem vínculos familiares.
Salvo em raríssimas exceções, ele pode obter a real identidade antes do
término do contrato. Engajados por
um período compulsório de cinco anos, sem nenhum direito a desistência
antes do prazo, os legionários estão sujeitos a uma disciplina severa
dentro e fora da caserna. Prisão por deserção, tolerância zero para toda
e qualquer falta, tratamento rude — "na porrada" mesmo, segundo Santos.
Essas são só algumas das condições aceitas sem pestanejar por
estrangeiros que salvaguardam os interesses de uma das sete potências
mundiais e que cumprem sem titubear as letras miúdas do contrato. Esse,
diga-se de passagem, é assinado logo de cara, na primeira semana, mesmo
por aqueles que não falam uma só palavra da língua francesa. "Assinamos
um papel atrás do outro, sem tradutor nem nada. A gente entrega a vida
para eles no ato", afirmou Santos. Uma
investigação minuciosa impede o recrutamento de condenados por crimes
comuns, apesar de que "delitos leves" são relevados. Não existe, no
entanto, definição do que a Legião Estrangeira entende por delitos de
pouca importância. Pelo código da unidade, terroristas e demais
criminosos procurados pela Interpol não são aceitos em nenhuma hipótese.
Asiáticos,
europeus do leste e latino-americanos (com destaque para os
brasileiros) somam 70% da Legião Estrangeira. Franceses mesmo, só 19%
A
maior parte dos legionários, cerca de 70%, vem de países que não falam
francês. Em 2005, dos 900 novos engajados, 32% eram de eslavos
provenientes do Leste europeu, sobretudo da Romênia, Rússia e
ex-repúblicas soviéticas. Em seguida, vieram os latino-americanos,
24,5%, com destaque disparado para o Brasil. Soldados de nacionalidade
francesa ou originários de ex-colônias somaram 19%. Os asiáticos,
especialmente os chineses, são numerosos. Além
dos benefícios trabalhistas, sociais (férias, seguro-saúde e conta em
banco, por exemplo) e toda a documentação concedida por um país
conhecido por respeitar os direitos do homem, eles ainda podem requerer a
cidadania francesa ao cabo dos cinco anos de serviço. O direito é
assegurado por lei, bastando para isso apresentar um atestado de boa
conduta expedido por um comandante da Legião Estrangeira às autoridades
competentes. Os legionários recebem
seus vencimentos quase que totalmente livres de despesas. As refeições
feitas no quartel são gratuitas de segunda a sexta-feira, e nos finais
de semana pagas à parte (cerca de 4 euros – cerca de 10 reais). Aos
salários iniciais, em torno de mil euros para quem serve no continente e
de 1,5 mil para os alojados na ilha da Córsega, juntam-se os prêmios e
bonificações pagos, quando os soldados partem em missões fora do
território francês. Conforme o caso, os soldos podem até triplicar. A
reportagem tentou por diversas vezes contato por telefone e email com
um dos quartéis da Legião Estrangeira na região de Paris, mas não foi
atendida. Desde que ingressou nas
fileiras da Legião Estrangeira, em maio de 2005, o ex-piloto de
helicóptero Marcos dos Santos já partiu em missões de prevenção em
países como o Djibuti e Costa do Marfim (na África), e Nova Caledônia,
possessão francesa na Oceania. Segundo Santos, os legionários recebem as
instruções sobre o que vão fazer poucos dias antes do embarque. As
missões duram de três a quatro meses.
Viajar
sem conhecer o país de destino, os problemas lá vividos ou os
interesses da França no local não é problema. "Somos mercenários",
afirma legionário brasileiro
Santos
disse que o fato de viajar às cegas, sem conhecer com detalhes os
problemas políticos e sociais dos países para onde é mandado, sem
entender bem porque a França envia tropas para lá, fere sua ética, mas
não chega a lhe tirar o sono, e pelo jeito nem o bom humor. "Somos
mercenários, esqueceu?", comentou, rindo. Santos
deixou uma vida financeira e profissional estável no Brasil e
desembarcou no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, indo direto ao
quartel Fort Nogent, em Fontenay sous Bois, cidade na periferia leste da
capital francesa. Tinha a frase em francês decorada na ponta da língua:
"Eu quero me alistar na Legião Estrangeira". Ele passou por exames
médicos e psicotécnicos durante uma semana. "Eles querem ver se o
sujeito é muito retardado", satirizou. Na
Legião, Santos, divorciado e pai de um menino de oito anos, teve
mantida a nacionalidade brasileira, mas ganhou outra identidade: Roberto
da Silva, literalmente seu nome de guerra. Depois da pré-seleção, foi
levado para o quartel de Castelnaudary, na cidade de Aubagne, sul da
França, onde ficou quatro meses sendo submetido, continuamente, a uma
série de rigorosos testes físicos e psicológicos. O
legionário disse que a experiência em Aubagne beirou os limites do
suportável. Conforme Santos, quem não tem muita estrutura emocional
"bate os pinos cedo". A pressão a que são submetidos é intensa, relatou.
"Assim que chega, a gente é obrigado a aprender os hinos e o código de
honra da Legião em francês, repetindo as frases como papagaio, sem saber
o que está cantando, como numa lavagem cerebral. E debaixo de pontapé".
Santos contou também que o candidato que não decora direito as letras
do hinário é obrigado a passar a noite fazendo flexões e lavando
banheiro.
Nos finais de
semana, folga e direito de ir à cidade. Mas nada de discotecas, baladas
com mulheres ou bares mal-afamados. "Somos controlados. Temos que ter um
comportamento exemplar"
Dono de
uma saúde perfeita, Santos pôde se dar ao luxo de escolher onde iria
servir na Legião. E ele escolheu justamente o regimento mais difícil — o
dos paraquedistas, os mais expostos em situações de combate. "Eu sabia
que era ralação, mas quis assim mesmo. Por aventura. Verdade mesmo",
garantiu, sério. A rotina na ilha
da Córsega, contou Santos, se resume a fazer faxina, cuidar das fardas,
lustrar botas, praticar exercícios físicos e estar sempre "ligado",
pronto para ser chamado a qualquer hora do dia ou da noite. Nos finais
de semana, impecavelmente uniformizados, os legionários são liberados
para ir à cidade, apesar de que nem tudo o que diz respeito à vida
mundana é permitido. Nada de discoteca, de baladas com mulheres ou bares
mal afamados. "Somos controlados. Temos que ter um comportamento
exemplar", acrescentou. Ainda que
convicto do que faz, Santos não recomenda a ninguém o alistamento. "Não
me arrependo. Queria conhecer o mundo, me aventurar. Ninguém morre antes
da hora. O que não posso fazer é enganar os que querem vir, dizer que
isso aqui é fácil. Eu mesmo não sei te falar se vou agüentar até o fim.
Tem uns caras que não suportam e caem fora", alertou. O legionário disse
que não sabe se vai pedir a cidadania francesa. "Não faço planos",
concluiu. Caso fique até o final do
contrato, que termina em dois anos, Santos pode trazer para casa, por
baixo, mais de 50 mil euros. Para isso, além de economizar, ele ainda
tem que sair ileso de missões em países como o Gabão, Afeganistão,
Kosovo ou qualquer outro lugar do mundo onde estoure um conflito que
afete a França. Legionários são heróis na França Se
quiser pisar nos calos de um francês, experimente chamar os legionários
de mercenários ou de vira-casacas. Esses soldados estrangeiros são
considerados filhos da França, não por laços biológicos, mas pelo sangue
que derramaram em nome dessa nação européia, conforme bordão propagado
dentro da própria Legião. Desde 1831, quando esse exército foi criado
pelo rei Luís Felipe, mais de 35 mil legionários já morreram, em dezenas
de batalhas mundo afora. Dentre
todos os conflitos, nenhum ficou mais célebre do que o de Hacienda
Camarone, no México. No dia 30 de abril de 1863, uma patrulha composta
por 62 legionários e três oficiais, liderada pelo lendário capitão
Danjou, enfrentou três batalhões de infantaria e cavalaria mexicanos. Do
confronto desigual restaram somente três legionários. Acuados, armados
apenas com baionetas, eles continuaram dispostos a lutar até o fim, sem
nenhuma intenção de se render. Impressionados com a bravura dos
soldados, os mexicanos liberaram a saída deles, que só aceitaram com a
condição de resgatar o corpo de Danjou e a bandeira da Legião. O chefe
dos mexicanos teria dito: "Eles não são soldados, são demônios." Os
despojos do capitão Danjou foram levados à França, sendo que a mão de
madeira do oficial (ele usava uma prótese desde que fora mutilado em uma
batalha) é exposta todo ano no museu da Legião, em Aubagne. Depois
de Haciendas Camarone, os legionários já lutaram em todos os principais
conflitos armados da era contemporânea, entre os quais a guerra da
Argélia, da Indochina, as duas guerras mundiais, Somália, Ruanda, Congo,
Iugoslávia, Afeganistão, e muitos outros. Reputados, sobretudo, pela
coragem e lealdade, os legionários seguem à risca os sete artigos do
código de honra: servir, honrar e ser fiel à França; ser solidário aos
companheiros; respeitar as tradições, a hierarquia e a disciplina;
portar a farda com elegância; não descuidar da forma física; executar a
missão até o fim, mesmo que isso custe a própria vida; não deixar que a
paixão e o ódio lhe subam à cabeça, respeitar os inimigos vencidos, não
abandonar jamais os companheiros mortos, nem os feridos, e muito menos
as armas. Segundo pesquisas
divulgadas pela própria Legião Estrangeira, os soldados que se alistam
procuram sobretudo uma ruptura com o passado. Cerca de 80% dos recrutas
têm problemas de ordem social ou familiar, e só 20% são motivados por
ideais. A Legião tem um índice baixíssimo de delinqüência, se comparado
ao exército oficial francês. O índice médio é de 0,08% (199 delitos),
contra 0,61% do efetivo oficial. A
Legião Estrangeira é composta por 10 regimentos: sete locados em
território francês; um instalado em Kourou (Guiana Francesa), um em
Mayotte (ilha francesa), e outro em Djibuti, na África. Fonte: Maranúbia Barbosa do Le Monde/Edição João Carvalho
Missões da Legião Estrangeira
Légionnaires in Saudi Arabia Operations 1832 First fights against Abd El Kader, Algeria 1835 battle of Barbastro [1837], Spain 1844 Victory: M'Chounech (Aures) 2nd Etranger lead by the duc d'Aumale. 1854 - 1856 Sebastopol and the death of Colonel Viénot, Crimea 1859 Victories of Magenta and Solferino, Italy 1863 - 1867 Mexico April 30th 1863: Camerone February 28th 1866: Santa-lsabel March 1867: Return to Algeria 1870 - 1871 Victory of Coulmiers: First fights of the Legion in France, French German war 1883 - 1885 January 1883: Sontay February 1885: Langson, Tonkin (Indochina) 1885 Formosa 1892 Dahomey 1893 - 1894 Sudan 1895 - 1904 Madagascar 1900 - 1918 Morocco 1914 - 1918 World War I 1922-1923 Battle of Taza, Morocco 1925 Campaign against Abd El Krim, Rif 1933 End of war, Morocco 1939 -1940 World War II Fights in France 1940 - 1945 13th DBLE Narvik, Norway May 1940: Rallying to the French Forces in Great Britain 1941 campaign of Eritrea campaign of Syria 1942 February-June: Bir-Hakeim, Libya El Himeimat Death of Lieutenant Colonel Amilakvari 1943 Campaign of Tunisia 1944 Campaign of of Italy 1944 Operation Dragoon: Landing in the south of France 1944 - 1945 Campaign of France and Germany 1946 - 1954 Indochina 1948: Phu Tong Ha 1949 - 1954: Fights of the RC 4 (RC = Route Coloniale = Colonial Road) September 1950: Dong Khe October 1950: Cao Bang October 6th-8th 1950: Tragic fights of Coc-Xa 1952: Hoah Binh. Fights of the RC 6 and Black River 1953: Na-San. November, installation of the Dien Bien Phu's Camp 1954 May 7th: After 5 months Dien Bien Phu falls 1954 - 1962 Algeria 1954 November 1st: beginning of the Algeria's War 1957 Battle of Algiers 1958 Battles at the borders of Algeria Death of Colonel Jean-Pierre (1st R.E.P) 1961 Putsch of the Generals. Dissolution of the 1st R.E.P 1956 Suez' Expedition, Egypt 1969-1970 Chad 1978 The 2nd R.E.P parachutes into Kolwezi to protect and save 2,000 Europeans after the Katanga rebellion, Kolwezi, (Zaire) 1978-1980 Chad 1982 Protecting the retreat of the PLO, Bayreuth Lebanon 1983 Bayreuth, south of Lebanon 1983 Chad 1986-1994 Chad 1990-1991 Rwanda (Zaire) 1991 Operation Desert Storm The Legion captures the town and airport of As-Salman, Gulf War 1992 UN Mission, Cambodia 1992-1993 Humanitarian mission, Somalia 1993 UN Mission, Bosnia 1994 Humanitarian mission, Rwanda