RIO - Imagens de um chinês que ateou fogo ao próprio corpo na Praça da Paz Celestial foram divulgadas nesta quarta-feira pelo jornal britânico "Daily Telegraph". De acordo com o diário, a foto foi registrada por um leitor. O episódio aconteceu em 21 de outubro, mas foi ignorado pela mídia chinesa.
Segundo o jornal, seria o primeiro caso de autoimolação no local onde aconteceu o histórico massacre durante protestos por democracia em 1989. As imagens mostram policiais tentando apagar as chamas no corpo do rapaz.
- O homem fez isso na minha frente - lembrou Alan Brown, engenheiro aposentado da Força Aérea britânica, segundo o "Telegraph". - Ele disse alguma coisa rapidamente e um policial próximo começou a se agitar de repente, mas o homem pegou seu isqueiro e se colocou em chamas.
Brown disse ter ficado impressionado com a velocidade com que o homem foi retirado do local. Ele contou ao jornal que o policial chegou a pular para trás, mas depois pegou um extintor de incêndio de sua moto e disparou contra o homem.
Embora a mídia chinesa - altamente controlada pelo governo - não tenha publicado qualquer informação sobre o caso, o departamento de imprensa do Escritório de Segurança Pública de Pequim (PSB) confirmou o incidente.
"Por volta das 11 em 21 de outubro de 2011, (o homem identificado pelo sobrenome) Wang andou até o local perto da ponte Jinshu, e subitamente ateou fogo a suas roupas. O policial no local apagou o fogo em segundos e levou o homem para um hospital", informou o PSB em nota, de acordo com o jornal britânico.
Embora as autoimolações não sejam comuns na China, autoridades do país vem enfrentando uma série de casos no Tibete. Pelo menos 11 monges e monjas já morreram este ano ao atear fogo ao próprio corpo, em protesto contra o controle chinês sobre o território.
Considerado o local politicamente mais sensível da capital chinesa, a Praça da Paz Celestial é altamente policiada. Policiais à paisana monitoram constantemente o local, onde em 1989 cerca de 4 mil pessoas foram mortas. A imagem de um homem solitário em frente a tanques chineses se tornou um marco dos protestos.
A 20-year-old Tibetan nun who set herself on fire in protest against China's religious policies has died, according to Tibet independent groups.
The death comes after the self-immolation of at least seven young Tibetan monks since March this year.
Five are believed to have died and the whereabouts of several of the others is unknown. The youngest were just 17 years old.
With one exception, all of the suicides have taken place in Aba in western Sichuan, a mountainous area close to the Tibet Plateau.
The town is home to the Kirti Monastery, a centre of Buddhist learning, and is populated mainly by Tibetan nomads and farmers.
Several of the monks are reported to have called out slogans including "long live the Dalai Lama" and "there are no religious rights and freedoms in Tibet" as they set themselves on fire.
The Dalai Lama has called for both sides to show restraint
It is believed that two of the self-immolations have been caught on camera, although Sky News has been unable to independently verify the source of the images.
One shows a young man - believed to be a monk known as Phuntsog - sitting in a car with serious burns to his face and torso. He appears to be breathing in the video.
China's state media reported that a monk named Phuntsog set himself on fire on March 16, and died the next day of his injuries.
Three other monks were later sentenced to jail terms ranging from 10 to 13 years for assisting Phuntsog to commit suicide.
Another video is believed to show the self-immolation of a teenage monk named Lobsang Konchok.
It shows a badly charred person lying face down on the ground, covered in what looks like fire extinguisher residue.
A row of armed police is visible behind his body and a woman is heard screaming in Tibetan.
The Dalai Lama - the Tibetan spiritual leader who has lived in exile in India since 1959 - has called for both sides to exercise restraint.
The Chinese government has described the series of suicides and attempted suicides as "violence and terrorism in disguise".